sexta-feira, 8 de maio de 2009

O amor existe.

Trabalho em uma agência de comunicação, vivemos de criar, vender, corrigir, publicar as coisas para nossos clientes, tudo que fazemos aqui, é cobrado, tudo mesmo, não fazemos favores para ninguém (sempre tem as exceções é claro).

Estamos realizando um projeto bem legal, que é o Guia de Noivas, conseguimos vários parceiros legais, empresas de renome em nossa cidade estão nos apoiando, como Gloria Noivas, Ivanir Noivas, Fassarella Modulados, José Carlos de Oliveira, Hotel Aroso, entre outros também muito importantes.

As matérias que compõem o guia também estão muito boas, mas existe uma, que por um acaso foi eu que fiz, que esta excepcional, todas as outras matérias falam sobre vestido da noiva, buquê, Buffet, alianças... Etc.. Etc..

Eu, modéstia a parte, como tenho uma visão além do comum, comparado com as outras pessoas que trabalham comigo, pensei em colocar no Guia, uma matéria mais pessoal, falando sobre a vida de alguém, no inicio eu pensei em convidar alguma pica grossa de nossa região, alguém que estivesse se casando por esses dias, e é claro que isso seria cobrado, porém, um grande amigo meu, o Dr. Carlos Magno, ao saber do lançamento do Guia, me deu uma idéia brilhante. Seu sogro e sua sogra completam no próximo dia 16/05, 50 anos de casados, ele me pediu para fazer uma homenagem para o casal no Guia, logo pensei em fazer uma entrevista. Na ultima terça feira, fui até a casa do casal, fiz uma entrevista, lá fiquei sabendo detalhes da vida dos dois, tiramos fotografias, eles se vestiram com roupa de noivos, foi muito lindo mesmo.

Bom, o ponto crucial que quero chegar é que, de todos os trabalhos realizados por mim até hoje aqui na agência Salto comunicação, o que me deu a maior realização pessoal foi fazer essa entrevista, não tive retorno financeiro nenhum, mas só de ouvir o que um disse a respeito do outro, ganhei o dia, a semana e o ano.

Segue abaixo a entrevista, todos vão entender quando ler... O amor existe gente... Basta saber procurar.

Desculpem algum erro, mas não sou repórter profissional rsrsrsrs



Não há nada mais estimulante aos que estão de casamento marcado como uma bonita história de amor. Os personagens são Jerônimo Caetano de Mattos e Maria José Galtara de Mattos, que completam bodas de ouro no próximo dia 16. 
 
Tudo começou no distrito de Jaciguá. Jerônimo, então com 28 anos de idade, já era conhecido do pai de Maria José, Seu Julinho. Costumavam Bebericar uma cachacinha juntos. Num belo dia, Jerônimo foi até a casa do amigo a passeio e viu pela primeira vez o amor de sua vida, que na época tinha apenas 16 anos. 
 
Porém, ele conta que, nesse primeiro momento, nada passou pela sua cabeça. O interesse só foi surgir um mês depois, quando se viram pela segunda vez, em uma missa, e acabaram jantando na casa dos pais dela. 
 
No dia seguinte teve uma festa na comunidade, e, novamente por acaso, voltaram a se esbarrar. Depois dali não se desgrudariam mais. "Fomos beber água no mesmo lugar. Eu estava com uma amiga, que nos deixou sozinhos. Dessa vez ele me chamou para conversar e me pediu em namoro", conta Maria José. 
 
Mas a diferença de idade foi uma barreira no início. A família da menina achava que ela ainda era muito nova para namorar, sua mãe pediu para que esperassem pelo menos três anos. Jerônimo, decidido, sem titubear, já foi logo pedindo a moça em 
casamento, conseguindo persuadi-los com sua sinceridade. "Falei que se não nos casássemos logo, terminaria. A mãe dela voltou atrás e aceitou o casamento", relata Jerônimo. 

 
Entre dificuldades financeiras e muito amor, exatamente um ano e três meses depois, aconteceu o casório, que rendeu dez filhos e já vai completar 50 anos "de muita felicidade", afirmam. 
 
Na entrevista abaixo, o casal comenta, sempre com bom humor, alguns aspectos de sua exemplar relação, onde não há espaço para os desentendimentos. "Nunca brigamos, ela sempre cuidou de mim", frisa ele, apaixonado. 

 
Como era o namoro de vocês? Era em casa, com os pais de olho?
"O namoro até que era tranquilo, por parte dos pais. Só os irmãos mais novos dela é que ficavam pentelhando (risos)", diz Jerônimo. "Para namorarmos em paz, tínhamos que esperar meus irmãos dormirem", completa Maria José. 
 
Como foi o casamento?
"O casamento civil aconteceu em Jaciguá e o religioso em Vargem Alta, tudo no mesmo dia. O transporte foi a cavalo (risos)", contam eles, acrescentando que, por causa de dificuldades financeiras, não teve uma grande festa. Os pais da noiva ofereceram apenas um jantar para os amigos mais íntimos, "para não passar em branco". 
 
O que sua esposa faz que o deixa mais irritado?

"Ela não existe, nunca brigamos. Ela sempre cuidou de mim. Até mesmo quando exagerava na bebida (risos) ela cuidava de mim. Nada nela me irrita". 

 
E a senhora, o que seu marido faz que a deixa mais irritada?
"Nada nele me irrita também. No começo, ele era meio nervoso, mas sempre com muita paciência soube levar. E hoje ele é bem diferente". 
 
Vocês tem filhos? Quantos?
"Tivemos dez filhos. Destes, três já faleceram. 
 

Qual o segredo de um relacionamento tão duradouro e feliz? 
"Um tem que entender o outro, ter paciência e respeito. Preservar a família e, principalmente, amar". 
 
O que as pessoas falam sobre o relacionamento de vocês?
"As pessoas ficam surpresas e nos parabenizam por estarmos juntos por todo esse tempo, sempre com muito amor, carinho e atenção".